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Projeto Amazônia Legal Urbana completa um ano desenvolvendo pesquisas sobre desigualdades e mudanças climáticas

Há exatamente um ano, o Projeto Amazônia Legal Urbana – Análises Socioespaciais sobre Mudanças Climáticas foi lançado. Em 25 de fevereiro de 2021 acontecia o primeiro de uma série de webinários voltados para a apresentação de pesquisas que tem como foco a análise das desigualdades raciais, étnicas e de gênero, diante dos impactos das mudanças climáticas nas cidades.

Neste primeiro ano do projeto foram lançadas cinco pesquisas com estudos dos municípios de Belém (Pará), Macapá (Amapá), Manaus (Amazonas), São Luís (Maranhão) e Rio Branco (Acre), todas foram apresentadas em webinário e contou com convidadas de movimentos sociais, organizações não governamentais, parlamentares  e de gestoras públicas.

Neste um ano nossa equipe de pesquisa promoveu diálogos transnacionais sobre a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), com a participação de especialistas de brasileiros e de outros países, para apresentar as perspectivas e olhares sobre a conferência do clima, intitulado “Diálogos Iyaleta – Ambições para e pós COP 26”. Fechando este primeiro ciclo do projeto Amazônia Legal Urbana com o lançamento do “Caderno Iyaleta”, que teve o primeiro volume dedicado às análises socioespaciais sobre mudanças climáticas no município de Boa Vista (Roraima).

 

Seis cidades da Amazônia Legal já foram analisadas

 O start inicial do projeto Amazônia Legal Urbana foi dado em fevereiro de 2021, com o munícipio de Belém (Pará), através do lançamento do Paper “Diversidade e Desigualdades em Tempos de Mudanças Climáticas: uma análise socioespacial de Belém”. No estudo, as pesquisadoras desenvolveram um panorama que aponta para o aprofundamento das desigualdades raciais, étnicas e de gênero, na população de Belém – estimada em cerca de 1 milhão e meio de pessoas, segundo dados do IBGE/2020.

No mês seguinte (março) foi a vez da capital do Amapá. O município de Macapá é a quinta cidade mais populosa da região Norte e sobre ela foi lançado o Paper “Ordenamento Territorial, Subnormalidade e Desigualdades em Tempos de Mudanças Climáticas: uma análise socioespacial de Macapá”.

Na sequência, foi lançado o estudo sobre Manaus, capital do Amazonas, que possui a maior cobertura florestal, respondendo a cerca de 82,81% de sua totalidade e é considerada a terceira no país que mais contribui para emissão de CO² por habitante, resultante da emissão de gases fosseis. O estudo deu origem ao Paper “As Desigualdades Urbanas e a Metrópole Regional em Tempos de Mudanças Climáticas: Uma Análise Socioespacial de Manaus (AM)”.

A quarta cidade a ser analisada a partir da formação socioespacial urbana e as mudanças climática foi São Luís, no Maranhão. O estudo disponível no Paper “Desigualdades raciais e de gênero em tempos de mudanças climáticas: uma análise socioespacial de São Luís (MA)” revelou como as mudanças climáticas impactam de maneira desigual as populações que já estão em vulnerabilidade étnico-raciais e de gênero dentro do município de São Luís.

Em setembro de 2021, a capital do Acre, Rio Branco, foi o destaque do projeto Amazônia Legal Urbana. O Paper “Desigualdades Urbana e de Gênero em Tempos de Mudanças Climáticas: Uma Análise Socioespacial de Rio Branco (AC)” aborda, entre outras questões, o processo de desmatamento em curso, de ocupação de uma determinada área do território e de densidade populacional, aliados as mudanças climáticas ampliam as desigualdades na região.

O município de Boa Vista (Roraima) foi a sexta cidade analisada e a primeira a estrear a publicação “Caderno Iyaleta”, representando o volume 01, com o título “Desigualdades Étnico-Raciais e de Gênero e os Impactos das Mudanças Climáticas no Espaço Urbano de Boa Vista, Roraima”. Lançado em dezembro de 2021, o estudo inaugurou a segunda fase do projeto, que visa contribuir com processos de revisão/elaboração de planos diretor em reconhecimento das desigualdades raciais, étnicas, de gênero e as intersecções, para alcance de políticas públicas de adaptação as mudanças do clima e atenção as populações em vulnerabilidades.

 

Projeto se prepara para o lançamento de novas análises

Para março de 2022, a equipe do Amazônia Legal Urbana, formada pelas pesquisadoras Andrêa Ferreira, Diosmar Filho e Emanuelle Góes, e pelos assistentes de pesquisa Cláudia Góes, Ellen Moniele, Paulo Jorge Vianna e Terezinha de Jesus, programam o lançamento do volume 02 do “Caderno Iyaleta”, que terá como foco a análise socioespacial sobre mudanças climáticas no município de Cuiabá (Mato Grosso).

O lançamento vai ocorrer durante o webinário “Amazônia Legal Urbana: Cuiabá – Análises Socioespaciais sobre Mudanças Climáticas”, com transmissão ao vivo pelo Youtube do projeto. Mais informações sobre disponibilizadas também nas redes sociais (LinkedIn, Twitter e Facebook).

O Projeto Amazônia Legal Urbana Análise Socioespacial das Mudanças Climáticas – Ano 2, tem como parceiro o Instituto Mídia Étnica (IME) e conta com apoio institucional do Instituto Clima e Sociedade (iCS).

 


Juliana Dias
Coordenadora de Comunicação Iyaleta