twitter instagram facebook youtube linkedin
English Spanish

Pesquisadoras afirmam que mudanças climáticas vão ampliar a violência e as desigualdades que atingem as mulheres

A IYALETA – Pesquisa, Ciência e Humanidades/Amazônia Legal Urbana recebeu, nesta segunda-feira (25), a jornalista e especialista em temáticas ambientais, Mariana Belmont, no primeiro diálogo da série “Ambições para e pós COP 26”, através do canal “Amazônia Legal Urbana – Iyaleta”, no Youtube.

Mediada pela doutora e pesquisadora Iyaleta, Emanuelle Góes, a atividade abordou o tema “As Dimensões Climáticas e as Desigualdades de Gênero”, com o objetivo de entender como as mudanças climáticas interferem nas desigualdades de gênero.

De acordo com a pesquisadora Emanuelle Góes, é necessário tratar sobre desigualdades numa agenda “socioambiental”, porque contribui para a redução dos impactos das mudanças climáticas nas populações. Porém, ela ressalta que para as mulheres se torna um desafio ter voz diante de agendas heteronormativas. “A mulher não se vê na agenda, por ser uma agenda heternormativa e eurocêntrica. Então, as demandas que surgem lá não são representativas e ‘invisibilizam’ a agenda real. Precisamos romper essa bolha”, afirmou.

 

 

Para Emanuelle Goés, os efeitos das mudanças climáticas nas populações atingem direta ou indiretamente as mulheres e meninas. “Com as mudanças climáticas vai haver violência contra a mulher, seja sexual, em situações de migrações, deslocamentos, falta de água ou saneamento”. A pesquisadora destacou ainda que, “a pandemia gerou um aumento da violência de gênero, porém ela não trouxe algo novo, e sim, adensou”.

A jornalista Mariana Belmont comentou que os efeitos das mudanças climáticas interferem, também, na saúde das mulheres e meninas, e isso se estende também no uso cotidiano dos transportes públicos. “As mulheres ficam muito tempo dentro dos transportes públicos nas áreas urbanas durante o dia, respirando um ar fóssil e isso afeta diretamente na saúde da mulher, seja no sistema reprodutivo, respiratório, inclusive na saúde mental”, explicou.

Ocupar e se apoderar de espaços sempre foi um desafio para as mulheres e assumir uma posição de luta na COP 26 também não deixa de ser desafiador, mas para a jornalista Mariana Belmont, a COP pode ser uma ação relevante para futuras mudanças positivas. “A COP 26 é uma chave que está começando a virar para um planeta melhor”, declarou.

A série “Ambições para e pós COP 26” segue nos dias 27 de outubro; 1º, 03 e 05 de novembro, sempre às 16h, através do Canal “Amazônia Legal Urbana – Iyaleta”, no YouTube. Em cada diálogo, a equipe da Iyaleta recebe especialistas brasileiros e de outros países para apresentar outros olhares sobre mudanças climáticas com foco na realização da COP 26, além de aumentar a troca de conhecimentos e experiências do Sul Global.


Ative o lembrete para assistir a transmissão ao vivo: https://youtu.be/LYtHcdpxb48